Empurrada pelos programas e-escolas e e-escolinhas, e em contra-ciclo com o registado no resto da Europa ocidental, a venda de computadores no mercado português cresceu 61,4 por cento no segundo semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008.
Os dados são da analista de mercado IDC, que aponta terem sido vendidos 474.900 computadores no território português. Na Europa ocidental, o mercado caiu 2,5 por cento.
Em sintonia com o que se passa a nível global, 378.300 destes computadores são portáteis (o que se traduz num crescimento de 66,6 por cento) e apenas 96.600 são desktops (mais 43,9 por cento).
O programa e-escolinhas (que distribui os portáteis Magalhães gratuitamente ou a preços reduzidos a alunos do primeiro ciclo) e o programa e-escolas (que facilita a aquisição de portáteis por parte dos restantes alunos) estão na base do desempenho positivo do mercado português.
"A clara dinâmica de crescimento do mercado nacional de PCs manteve-se no segundo trimestre de 2009, com um forte contributo dos programas e-escolinhas, e-escolas e Plano Tecnológico da Educação”, observou, em comunicado, o director de pesquisa e consultoria da IDC Portugal, Gabriel Coimbra.
Segundo os dados mais recentes disponibilizados pelo Governo, já foram distribuídos, ao todo, 1,37 milhões de Magalhães e de portáteis do e-escolas desde o arranque da iniciativa.
A fabricante JP Sá Couto (que, para além dos Magalhães, produz os computadores de marca Tsunami) é, segundo a IDC, a empresa que lidera o sector, com uma quota de 26,1 por cento do mercado conjunto de desktops e portáteis. A empresa conseguiu um crescimento de 913,4 por cento no período em análise.
A HP (cujos modelos fazem parte do e-escolas) surge em segundo lugar, com uma fatia de 23,2 por cento. Em terceiro lugar, com 20,9 por cento, está a Toshiba, outra marca que distribui computadores ao abrigo daquela iniciativa governamental.
Tendo apenas em consideração o segmento dos portáteis, a JP Sá Couto regista um crescimento explosivo de 2027,4 por cento e detém quase um terço do mercado.
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